quinta-feira, 31 de julho de 2014

Me abandone aqui no tédio.


Estaria o tédio ligado ao nada?
Ou tédio é apenas uma ligação ao nosso nada?
Ou pior, sera que o tédio não significa nada?
Nada eu sei

Onde o sol não se põe
Eu ponho minhas mãos no pescoço dela
Ela me olha sem a paixão antiga
Estamos entediados?

Eu sorri aos céus
Quando lavei a alma com as lagrimas celestiais
Ah o sujo se tornar limpo é degradante

Seu tédio tem nome
E até já causou insonia
Mas hoje nada ele é
E assim como eu, vamos dançar em torno do nada

Apenas mundo.

Quem é que dita o destino dos não vivos?
Um babaca sutil
Um dos nossos
Meu grande amigo retardado

Olá senhor
Poderia anotar sua doença?
Vai querer pra viagem?
Ou prefere morrer lentamente na nossa frente?

A luz se apaga
Mas a porra do teatro continua
Foda-se a estrela principal
Ou melhor foda-se todo o maldito céu

Não contarei mais esses dias
Mentiras enlatadas e venenos saborosos
Me ponha embaixo do tapete
E não se esqueça de limpar os pés

Eu canalha.

Eu quis enfiar a porra do meu rosto naquele vaso e dar descarga
Literalmente, nada de figuras de linguaguem estupidas
Se a poesia e o teatro såo arte
Posso atuar dentro dos meus versos?

Existe diferença entre a mentira artistica e a casual?
Onde fica a linha que separa o canalha do artista?
Não que isso seja essencial

Sou um canalha 
E ajo como um artista
Um artista meia boca e sem profundidade
Há qualquer coisa em meus versos?

Eu só queria jogar fora
Tudo o que por dentro vem quebrando a essencia da minha alma vadia
E suspirar aliviado por não me encontrar novamente com a garota atras da porta